Não quero que meus filhos brinquem que Deus é um ser imaginário, fruto do acaso e da decepção com o tempo. Quero que brinquem com Deus mesmo, que rolem no chão ao rirem de suas proezas, que chorem desnudados diante de sua absoluta pureza e que se emocionem com sua habilidade em confundir as probabilidades.
Quero vê-los correndo sobre grama verde e sentirem o vento como um hálito soprado por Deus. Que sejam tomados de assombro quando os relâmpagos rasgarem os céus em estrondoso e tardio trovão. Quero que sejam visitados por sua presença em noites silenciosas, que sintam as letras do Livro Sagrado, cuja sacralidade procede de seu admirável conteúdo.
Gostaria de me ver em meus filhos rompendo em olhar curioso o rumo das gaivotas, e cheios de senso de sentido, perguntarem o destino da revoada. Que eles lancem os olhos em noite escura para um céu infestado de estrelas exibidas, brincando de ligação de pontos, procurando por ordem ao que parece arbitrário e aleatório.
Que meus filhos se deixem encantar. Que sejam cheios de gratidão por verem um mundo tão excitante e tão cheio de vida. Mesmo no drama da dor e da perda, que saibam dar graças, pois mesmo a perda e a morte, não podem dar cabo da vida que ainda floresce.
Que juntem mãozinhas em sinal de gratidão e digam com toda doçura: "papai do céu." Que vejam no "papai deles", este sujeito trôpego e vacilante, o olhar que o Senhor do Tempo lhes dirige, mesmo quando ele - o pai deles - não pode mais vigiá-los.
E que finalmente, se descubram maculados e percebam, o mais cedo possível, que nasceram com defeito. Que não podem muitas coisas, que são egoístas, iracundos, ressentidos e ambiciosos. Que descubram rápido, que o vaso é belo, mas está trincado. E finalmente, ao serem tomados pela vergonha de sua própria condição... que possam correr para a cruz. E lá, ao abraçarem o Filho com fé inabalável, que se encontrem com o verdadeiro Pai, com Aquele que verdadeiramente os amou. E assim, quando já estiverem jovens e independentes, que corram sob grama verde, como no início, e voltem a ser crianças recém chegadas ao mundo... ao novo mundo que Deus inaugurou.
E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. (Mt 18:2-3).
Recebi este texto, que foi escrito por IGOR MIGUEL, achei muito interessante e profundo, fala da realidade que cada pai e mãe deveria viver...essa é uma oração diária que todos os pais deveriam fazer.
Lindo! Mesmo não tendo filhos, é assim que desejo que ocorra com cada criança com quem trabalho.
ResponderExcluirPastora, tudo que a senhora coloca as mãos se torna abençoado, sei que esse texto foi uma cópia, mas parece que estou vendo cada palavra saindo de sua boca. Eu aprendi como ser mãe educadora com a senhora, quando só sabia ser mãe criadora, longas conversas, conta de telefone alta, mas nunca me negou atenção quando eu te ligava chorando sem saber o que fazer com meus filhos. Obrigada é pouco pra agradecer, que Deus te ilumine e que os anjos te acompanhem em cada momento de sua vida.
ResponderExcluirComo eu queria ser assim, ter mais fé, acreditar nas mudanças, muito lindo
ResponderExcluirque cada cça possa viver isso tudo
ResponderExcluirAmei cada frase e ao ler consiguo até imaginar cada detalhe ... muito lindo mesmo !!!
ResponderExcluirLindo demais, valeu a pena ler cada paragrafo.
ResponderExcluirPastora, estamos com saudade, sua presença é e sempre será indispensável, estando perto ou longe sempre estará em nossos corações, estão falando que a senhora saiu p se cuidar mas só pode ser porque a igreja vai te colocar em outro lugar melhor e maior, e onde for nós iremos,hehehe família grande e unida
ResponderExcluirLindo texto, mesmo tendo copiado tem a sua cara.
ResponderExcluirQue Deus abençoe muito o Igor e também vc por me fazer sonhar de novo, Filhos são benção em nossas vidas mas precisamos profetizar isso toda manhã
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